Resposta ao comentário do post 'Ainda Mozart'
Muito obrigado pelo comentário. É sempre bom debater ideias e ver que afinal o que escrevemos é lido por algumas pessoas. No entanto, tenho de dizer que discordo frontalmente da maioria das ideias apresentadas.
Nem por um momento foi minha intenção insinuar que Mozart é o maior compositor de todos os tempos, ou que conhecendo a sua música deveríamos/poderíamos ignorar todo o resto. Mas, também não posso concordar com a ideia de que a maior liberdade criativa e o aprofundar dos conhecimentos musicais aproximem esta arte de uma espécie de "ideal musical"', tornando desta forma Wagner ou Stravinsky superiores ao compositor de Salzburgo (Julgo mesmo que a liberdade em excesso conjugada com uma obsessão pela teoria musical, enquanto mera manipulação intelectual, desgarrada de toda a sensibilidade, tem contribuído em muito para o afastamento gradual dos ouvintes da chamada música erudita).
Note ainda que caso fossem estes os critérios utilizados para tentar “hierarquizar” os compositores, Bach e Buxtehude não estariam muito bem na listagem… Pois se Bach foi menos livre do que Stravinsky (lá era obrigado a compor as suas cantatas ao Domingo) e se necessariamente Stravinsky teve acesso a um corpo teórico musical mais desenvolvido, teríamos necessariamente de concluir que o compositor russo supera o alemão. Concorda?
Por fim, gostaria ainda de deixar duas propostas de escuta (fonógrafo digital) que penso contrariarem um pouco a ideia de que Mozart era incapaz de quebrar com os cânones da época. Caso estes dois exemplos não bastem podemos encontrar outros. Aliás, não terá sido Mozart o primeiro romântico?
Nem por um momento foi minha intenção insinuar que Mozart é o maior compositor de todos os tempos, ou que conhecendo a sua música deveríamos/poderíamos ignorar todo o resto. Mas, também não posso concordar com a ideia de que a maior liberdade criativa e o aprofundar dos conhecimentos musicais aproximem esta arte de uma espécie de "ideal musical"', tornando desta forma Wagner ou Stravinsky superiores ao compositor de Salzburgo (Julgo mesmo que a liberdade em excesso conjugada com uma obsessão pela teoria musical, enquanto mera manipulação intelectual, desgarrada de toda a sensibilidade, tem contribuído em muito para o afastamento gradual dos ouvintes da chamada música erudita).
Note ainda que caso fossem estes os critérios utilizados para tentar “hierarquizar” os compositores, Bach e Buxtehude não estariam muito bem na listagem… Pois se Bach foi menos livre do que Stravinsky (lá era obrigado a compor as suas cantatas ao Domingo) e se necessariamente Stravinsky teve acesso a um corpo teórico musical mais desenvolvido, teríamos necessariamente de concluir que o compositor russo supera o alemão. Concorda?
Por fim, gostaria ainda de deixar duas propostas de escuta (fonógrafo digital) que penso contrariarem um pouco a ideia de que Mozart era incapaz de quebrar com os cânones da época. Caso estes dois exemplos não bastem podemos encontrar outros. Aliás, não terá sido Mozart o primeiro romântico?
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