Viajar
Implica, por definição, o regresso ao ponto de partida. Em música encontramos algo parecido quando o compositor acaba a sua peça com o tema inicial (habitualmente basta isto para que este ganha imediatamente a minha simpatia. Sim, sou um tipo fácil...). Assim que as primeiras notas do tema inicial ressurgem, o incompreendido torna-se devaneio de viagem, o absurdo transforma-se em peripécia, em saboroso imprevisto, numa espécie de novidade que se comunica, afinal, a um espírito pré-disposto a recebê-la. Quando o tema inicial reaparece, tudo volta a fazer sentido, como se retornássemos a casa. Saio da sala de concertos com um sorriso, satisfeito por ter também eu andado um pouco à deriva, com a sensação de ter sido “estrangeiro” por alguns momentos, como diria um caro amigo...
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