Wednesday, March 07, 2007

Insultos Mozartianos

Anda meio mundo atrás de Deuses, de beleza, de um sentido para tanto esforço, para tanta injustiça. Compositores agigantam a sua música numa desesperada complexidade orquestral, como quem procura algo maior do que si próprio; escreve-se, sofre-se, ama-se, mata-se, morre-se. Tudo isto e basta afinal uma breve melodia, uma simples sonata para piano; nada de muito rebuscado, sem fogos de artifício, singelo, perfeito. E tudo surge evidente, como se na simplicidade dessa música coubesse toda a Humanidade. Ouve-se, e no final resta agradecer a esta insultuosa simplicidade por mais uma vez ter equilibrado a balança das nossas vidas.

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