Integral das Cantatas de Bach por Kuijken

Juntamente com Gustav Leonhardt, Harnoncourt e Brüggen, os irmãos Kuijken estão entre os músicos que deram início ao movimento de interpretação histórica.
Uma vez lançado este movimento tem ganho uma força extrordinária e hoje compete, se não ultrapassa, grande parte das interpretações modernas. Eu, confesso, sou um fã particulamente devoto.

O mais recente projecto de Sigiswald Kuijken é a gravação do integral das cantatas de Bach. Para além da qualidade garantida pelo maestro e violinista, esta gravação é particularmente interessante visto que o coro é subsituído pelos solistas: alguns estudos têm apontado para o facto de estes não estarem na época à disposição dos compositores. O caso pode na realidade ser ainda mais forte, Sigiswald argumenta mesmo que no tipo de escrita dedicada aos corais encontram-se elementos que sugerem uma concepção originalmente pensada para vozes solo.

Desabafo

Adoro Mozart! Pela ordem, pela perfeição. Mozart é o melhor que há em nós.
Uma pequena passagem entre os actos, na ópera A Flauta Mágica, é capaz de nos arrancar lágrimas de felicidade, de reconciliação.

A marcha dos pastores - A Flauta Mágica ♪ (Filarmónica de Berlim - Karl Böhm)

Jazz

Não lhe retiro mérito mas dispenso-o. Oiço, pouco. Trata-se de uma música quase sempre demasiado bem-disposta, por vezes luxuriante mas nunca apreendi nada com ela.
Não consigo encarar a música como mero jogo de sons. Trata-se sim, para mim, da mais bela forma de linguagem, através da qual o Homem exprime as suas aspirações, tristezas, vitórias e frustações. Não encontro isso no Jazz.

Japão

Visitas a novas terras, novos instrumentos... Esta espécie de flauta, tocada na vertical, chama-se shakuhachi e ao que parece requer algum treino até que se consiga retirar algum som decente, mas o resultado final é de facto incrível. Chamam-lhe os sons do vento, percebe-se porquê (ouvir fonógrafo digital)...

É um instrumento imponente, mede cerca de 50-60 cm de comprimento e 5 cm de diâmetro.

No fonógrafo digital fica o link para uma pequena amostra do som desta flauta.

Ouvindo...

As conferências têm disto... fazem-se novos contactos, descobrem-se novos temas para investigação, conhece-se uma nova cidade e claro compram-se alguns CDs que não se encontram facilmente em Portugal. Aqui no Japão isso é particularmente frutífero.

Para já, ouve-se em terras japonesas as três últimas sonatas de Beethoven por Richter e algumas peças para cravo de Bach por Ton Koopman. Entre as últimas está a fantasia cromática, cheia de ornamentação, como esperado.