Natal Bachiano

Para saborearmos o mistério da Encarnação - deste Deus que se faz perto de nós, que anseia por nós homens, que assume a nossa natureza humana dando-lhe o máximo de dignidade possível - deixo aqui um excerto da Oratória de Natal de Bach.
Feliz Natal para todos!

The Messiah

Na noite passada, estive na Igreja da Lapa no Porto para escutar a grande obra de Händel: «The Messiah», HWV 56.
The Messiah foi encomendada pelo Duque de Devonshire, para fazer um concerto de beneficência a favor dos presos e dos pobres de Dublin. Por isso, Händel teve de a compor em apenas vinte e quatro dias.

Conta-se que, ao terminar esta obra, Händel terá dito: «Acredito ter visto o céu aberto e o próprio Deus diante de mim». De facto, o libreto, da autoria de Jennens, é uma compilação de vários textos bíblicos, divididos em três partes distintas: na primeira parte, sublinha-se mais a profecia do Messias que há-de vir e da sua Encarnação no mistério do Natal; a segunda parte trata-se da Paixão e da Ressurreição de Jesus Cristo; terminando no Triunfo, com textos do Apocalipse.

The Messiah estreou a 13 de Abril de 1742, no Music Hall de Dublin, com enorme êxito. No dia seguinte, o popular Dublin Journal terá escrito acerca da obra: «o sublime, o grandioso e comovente deram-se as mãos para arrebatar o coração e o ouvido».

A tradição diz que, ao ouvir-se o coral «Hallelujah», todo o público se levantou juntamente com o rei. Ontem, na Igreja da Lapa no Porto, a tradição manteve-se.

Deixo alguns links com mais informações sobre esta obra emblemática.
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(Aleluia)

Natal - «Deus no meio de nós»

Olivier Messiaen (1908-1992)compôs a obra «Dieu parmi nous» em 1935, com influência dos compositores impressionistas franceses. É um tema que tem tudo que ver com o Natal, a encarnação deste Deus que se faz próximo do Homem assumindo a natureza humana.

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Alfred Brendel anuncia o seu último concerto

Li hoje no Público que o último concerto de Brendel será em 2008. O homem que deu a melhor definição da música de Mozart que já alguma vez ouvi: «Mozart é muito fácil para as crianças, e muito difícil para os artistas».
Este grande pianista do nosso tempo é mais conhecido pelas suas interpretações de Schubert, Beethoven e Mozart, mas gostaria de partilhar um pouco do "seu" Liszt.

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«Es ist ein Ros entsprungen»

Um poema onde saboreamos a beleza do mistério da encarnação; uma música que nos prepara para o Natal.

É o brotar de uma Rosa pequena

«É o brotar de uma rosa pequena,
Brota de uma tenra raiz.
Nos cantos antigos anunciada,
Fruto de Jessé prometido.
A rosa, pequena e frágil, abre-se à luz
Com o frio do Inverno
Na escuridão da noite

Rosa, tão pequena,
Enche-nos do doce perfume.
Com o seu brilho claro
Afasta a escuridão.
Verdadeiro homem e verdadeiro Deus,
Auxílio na nossa dor
Que vem para nos libertar
do pecado e da morte

Ó Jesus!
Que a tua ajuda nos acompanhe
Até à sala do banquete
Do Reino do teu Pai,
Onde para sempre te louvaremos
Senhor! É o que te pedimos»

Poema anónimo do século XVI

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