Saturday, May 16, 2009

Bach, a vítima maior da (desastrosa) corrente que insiste apresentar a música erudita como um esforço essencialmente racional. Fuga, contraponto… música matemática. Conclui-se e deixa-se de lado. Bach é porém um compositor profundamente emocional, como são, aliás, os restantes compositores alemães. Basta escutá-lo, sem preconceitos, sem reparar nos sapatinhos e no penteado de Karl Richter.


Monday, May 04, 2009

Novo CD de Sigiswald Kuijken







Saturday, May 02, 2009

Ouvindo

Karl Richter é, merecidamente, a grande referência da interpretação de Bach em instrumentos modernos. Não cai (demasiado) em lamechices ou exageros. Apresenta sempre leituras cuidadas, onde os todos os instrumentos encontram o seu lugar, onde a riqueza da escrita coral não é sacrificada a benefício da massificação de volume (tantas vezes querida a maestros da linhagem de Karajan).

Ainda assim, quando comparado às interpretações de Herreweghe ou de Kuijken, parece-me sempre que Richter conduz Bach como quem rege uma ópera, perdendo-se o recolhimento necessário a uma música de carácter eminentemente religioso.