Um novo Beethoven
Pollini mal põe as mãos sobre o teclado e é toda uma nova música, cheia de luz, de uma delicadeza que não se associa frequentemente a Beethoven, habitualmente carrancudo ou de punho erguido. Abbado segue o tom e o concerto número 4 de Beethoven, perdido entre os meus CD’s há já tanto, renasce. Canto-o a caminho do trabalho.
Todo o concerto é uma nova luz sobre uma peça já tantas vezes iluminada, vale a pena seguir até ao fim. Se não puder, passe pelo menos pelo segundo andamento, é pequenito, custa-lhe 4 minutos e uma ou duas lágrimas. Se precisar de recuperar, não deixe de ouvir o terceiro.