Tuesday, January 26, 2010

Esta semana

a proposta chega através da minha irmã (obrigado mana!). Não conheço Hugo Wolf, mas a primeira reacção é de simpatia para com este ciclo de canções. Como ser português e não sentir-se atraído pela decadência?

Friday, January 22, 2010

Leonard Bernstein também andou a ler este blog

(…)

Brahms was a true Romantic containing his passions in classical garb. It was clearly a case of self-limitation.

(…)

Let’s go back to the Fourth Symphony finale. Perharps the most remarkable thing about this movement is that it ends in rage and fury in E minor, just as it began. There is no final repose, no glorious sunburst in the major mode, as we might expect. No; his last symphony – biographers tells us that he knew this would be his last symphony - is that clenched first raised in hot diafance to the heavens. Just listen to the ending, that brief but shattering final coda: pure rage, but classically contained.

Saturday, January 16, 2010

Teatro Malibran, 16 de Janeiro de 2009

Ludwig Van Beethoven
Coroliano Overture

Sem Comentários. Indiferença. Mais por culpa da interpretação do que da obra.

Wolfgang Amadeus Mozart
Sinfonia concertante per oboe, clarinetto, corno, fagotto e orchestra in mi bemolle maggiore KV Anh. I, 9 (KV3 297b; KV6 Anh. C 14.01)

Basta que o programa tenha Mozart, ainda que venha a ser mau tocado, e tenho a certeza de sair satisfeito da sala de concertos. Com o passar dos anos perdem-se os ídolos, chega o sabor amargo das primeiras desilusões. Descobre-se que estamos constritos a amar o que é imperfeito, pior, que o nosso amor também o é. Mozart resta-nos como um recanto sem mácula, é a melancolia do conforto que uma vez sentimos na infância. Mozart é este retorno. Talvez por isso a sua música seja fácil para os ouvidos de uma criança, elas percebem-no melhor. Gostar de Mozart é ser lhe grato por este regresso.

Johannes Brahms
Sinfonia n. 4 in mi minore op. 98

Claramente a obra estudada pela orquestra durante a semana. Muito bem interpretada, cheia de brilho e vigor. Brahms... por quanto tempo dei-lhe as costas! Brahms é um touro enjaulado entre as grades do classicismo, é preciso aprender-lhe a ouvir os cascos que batem contra o solo, conhecer-lhe as cicatrizes das investidas contra as barras de ferro. Uma vez desvendado o touro por detrás de toda aquela beleza arquitéctonica descobre-se-lhe a intensidade. Torna-se difícil não sair em êxtase tendo ouvido este quarto andamento.

Friday, January 15, 2010

O Fonógrafo Digital está de regresso

Há uns aninhos quando comecei este blog podia ouvir-se música clicando num pequeno link situado abaixo da imagem à direita. Invenção à qual dei o giocoso e inspirado nome de fonógrafo digital. Já não me recordo muito bem porque razão comecei a ter problemas com os links e desisti da ideia. Hoje, através de um elaborioso processo de "learning by copying", reaprendi. Ei-lo de volta.

Primeira escolha, "Com que Voz" de Amália Rodigues.

Thursday, January 14, 2010

Impossível...



... não partilhar o sorriso com Edith Mathis. Não querer dar-lhe um beijinho quando com olhar maroto procura Bernstein.

Tuesday, January 12, 2010

Perdidos e Achados



Como com quase tudo que nos ensinam os pais, já tarde dei-lhes razão e comecei a ouvir Amália. Passei então a devorar a sua discografia, os poemas que cantou, as suas fotos. Nesta viagem de descoberta quis ouvir “Com que Voz” e descobri que está fora de catálogo, um dos seus melhores trabalhos fora de catálogo. Talvez o sucesso do projecto Amália hoje leve a reedição do disco, pelo que assim poderíamos atribuir-lhe ao menos uma virtude. Mas enquanto sai e não sai, ninguém por acaso conhece uma lojinha de discos onde se venda esta preciosidade? Obrigado, obrigado, obrigado.